NEOPENTECOSTALISMO
Neopentecostalismo 4 - A Eclesiologia Neopentecostal Conferência teológica preparada pelo Prof.. Isaltino Gomes Coelho Filho para a Faculdade Teológica Batista de Campinas, 16 de abril de 2004
É óbvio que não se procederá aqui a uma análise exaustiva da eclesiologia neopentecostal. E o que se fará terá certa dose de dificuldade. Já nos ficou patente que o neopentecostalismo não é uma denominação, mas um movimento eclético, com práticas as mais diversas, sem uma fonte de autoridade centralizadora. Sua alegada fonte é a voz do Espírito, mas a leitura de obras de seus expoentes mostra que esta voz se identifica com a voz dos líderes ou dos donos das seitas. Nas palestras anteriores analisamos alguns de seus pontos, sendo o anterior a este foi a questão cristológica. A ordem tem sentido. A hermenêutica produz uma determinada visão de Deus Pai, de Cristo, do Espírito Santo, e se refletirá no conceito de Igreja. Que entendemos ser “Igreja”? A resposta mais precisa, em nosso contexto teológico, nos vem da Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira. Diz-nos ela: Igreja é uma congregação local de pessoas regeneradas e batizadas após profissão de fé. É nesse sentido que a palavra “igreja” é empregada no maior número de vezes nos livros do Novo Testamento (1). Tais congregações são constituídas por livre vontade dessas pessoas com a finalidade de prestarem culto a Deus, observarem as ordenanças de Jesus, meditarem nos ensinamentos da Bíblia para a edificação mútua e para a propagação do evangelho. As igrejas neotestamentárias são autônomas, têm governo democrático, praticam a disciplina e se regem em todas as questões espirituais e doutrinárias exclusivamente pela Palavra de Deus, sob a orientação do Espírito Santo. Há nas igrejas, segundo as Escrituras, duas espécies de oficiais: pastores e diáconos. As igrejas devem relacionar-se com as demais igrejas da mesma fé e ordem e