Neonazismo
ainda vivo na memória mundial, e a aparente marcha vitoriosa do socialismo, encabeçada
pela ex-URSS, inibiu os nostálgicos do Terceiro Reich que, segundo Adolph Hitler,
deveria "durar mil anos".
Nos anos 70, alguns pequenos grupos "neonazis", já se faziam presentes no cenário
europeu, notadamente no seio de setores marginalizados da juventude.
Na década de 90, o movimento neonazista aflorou por algumas razões:
• O desemprego que atingiu as nações da Europa Ocidental, que antes buscava atrair
imigrantes para trabalhos braçais e outras formas de subemprego, serviu de justificativa
para segmentos da sociedade atribuírem aos estrangeiros a culpa pela falta de empregos. O
simplismo de tal posicionamento é evidente, pois o desemprego estrutural de hoje se deve
à sofisticação tecnológica que não mais absorve mão-de-obra qualificada. Além disso, o
imigrante opera em setores de limpeza pública, carregadores, porteiros e outros
subempregos que normalmente são recusados pelas populações locais dos países europeus
ricos.
• O colapso da URSS e o fracasso da "utopia socialista", já que os soviéticos "venderam"
a imagem de adversários do nazismo. Ora, com o desmantelamento da URSS e a revelação dos
crimes do comunismo, houve uma reação de ressurgimento do oponente.
De qualquer forma, há uma importante diferença entre o nazismo clássico e neonazismo, O
primeiro propunha o expansionismo nacional em termos militares e imperialistas; o
segundo defende a expulsão dos estrangeiros: turcos, árabes, eslavos, africanos e
asiáticos da Europa Ocidental.
Lamentavelmente, o progresso tecnológico facilita a difusão de ideologias perigosas, pois
propaganda neonazista injuria minorias étnicas e sexuais através de sites da Internet,
além de influenciar o comportamento agressivo em relação aos que são diferentes.