Neoliberalismo
Estamos vivendo numa sociedade esfacelada em que a maioria da população mundial passa fome, enquanto que uma minoria desperdiça comida. A pobreza não pára de crescer, aumenta todos os dias o número dos excluídos das oportunidades. A vida dos nossos jovens praticamente é dizimada pelo consumo de drogas. Há, hoje, mais desempregados, famintos e drogados do que nunca, chegando a cifras sem precedentes na história da humanidade. Estamos falando de uma depressão grave, da fome, dos suicídios, da criminalidade, da desesperança, da melancolia, das drogas, dos desequilíbrios e distúrbios de comportamentos que enfraquecem a força vital da sociedade contemporânea.
Então cabe a indagação: Para quem serve o desenvolvimento econômico? Os grandes interesses econômicos – essa complacente adesão ao modelo de produção, consumo e organização social dos países ricos – estão em contradição crescente com as necessidades básicas de sobrevivência da nossa sociedade. A estabilidade do sistema se sustenta no poder de dominação dos grandes agentes econômicos, das mega-corporações, dos onipotentes grupos financeiros internacionais e, também, na subalteridade dos governos dependentes, dos poderosos grupos econômicos nacionais. Tristemente, o destino de nossas sociedades continua sendo modelado pelas interpretações dos economistas associados com esses agentes dominantes,
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armados com seus dogmas e receituários econômicos, valores quantificáveis, fundamentalismos comerciais, alucinados por um emocional de lucros e negócios.
Além disso, quando estas realidades são alimentadas pela mídia e suas interfaces, passando a fazer parte de nossas vidas, observamos uma sutil construção negativa de um efeito perverso: a nova maneira de sujeição – a indiferença social. Este é o modo de vida a que chegamos, a uma conseqüência visível de um modo de produção vigente que vem sendo construído, desde os anos 70, em resposta à crise econômica do capitalismo. Desta reestruturação surge