Neoliberalismo
Com o governo Collor, os ideais liberais invadiram o território brasileiro, o que também ajudou foi o período de estagnação da economia em que o país se encontrava. Ao final dos anos 80, o Brasil estava próximo a passar por uma hiperinflação e a má fama do intervencionismo estatal foi culminante para o favoritismo das práticas liberais e propostas de desregulamentação da economia, assim como a abertura comercial total.
Os questionamentos dessa reformulação, abordavam a participação do Estado para o desenvolvimento nacional, mas por uma postura de regulador, o Estado deveria preocupar-se menos com o seu papel no desenvolvimento nacional, como é possível analisar, segundo Malan:
"É uma nostalgia dos anos 50 a idéia de que é o Estado que vai promover o desenvolvimento, através do gasto público, mandando a conta para sociedade através do imposto inflacionário, do endividamento que recai sobre gerações futuras, ou de impostos que caiam sobre gerações presentes. É nesse sentido que eu acho que o nome do jogo aqui é o aumento da poupança privada e a redução da despoupança pública, como tenho chamado a atenção há algum tempo" (Malan, 1999).
Essa visão não era de acordo geral, visto que alguns autores não concordavam com a política que visava o abandono de investimentos estatais para que houvesse mais incentivos a iniciativa privada, uma vez que haveria risco em criar uma dependência econômica dos investimentos de organizações privadas, de acordo com Sayad:
"Sem gasto público, o nível de atividade e de emprego passam a depender do estado de ânimo e das opiniões dos empresários sobre o governo. Assim, se o governo não atender suas reivindicações e ouvir suas opiniões, os investimentos se reduzem, o desemprego aumenta e há fugas de capitais (se houver mobilidade de capital). Sem gasto público, a opinião do capital resgata sua importância e efetividade" (Sayad, 1999, p.130-131).
Dessa forma, o país ficaria a mercê de investidores