Neodarwinismo

Neodarwinismo

O neodarwinismo ou teoria sintética da evolução relaciona as ideias darwinistas, sobretudo a seleção natural, às descobertas sobre hereditariedade impulsionadas pela genética. Uma vez que na época de Darwin não eram conhecidos os conceitos de genética, ele não pôde explicar de que maneira se dá a diversidade de características dentro de uma população. Desse modo, fez-se necessária uma nova teoria evolutiva que, reinterpretando o darwinismo, fosse capaz de responder a essas questões. A teoria sintética da evolução se baseia em três aspectos evolutivos: mutação gênica, recombinação gênica e seleção natural. MUTAÇÃO E RECOMBINAÇÃO Dá-se o nome de mutação gênica a uma determinada modificação na sequência de bases do DNA, a qual é responsável pelo surgimento de novos genes. Desse modo, esses genes são transferidos às novas gerações e constituem a base inicial da diversidade das espécies. Uma mutação pode ter origem tanto por uma causa natural, quanto por um agente específico, denominado mutagênico. Se por um lado as mutações originam novos genes, por outro o processo de recombinação gênica tem a função de combiná-los, aumentando a variabilidade. Tem-se a recombinação através da reprodução sexuada, na qual há a mistura dos genes dos diferentes gametas, como também, através do fenômeno da permutação ou crossing-over, no qual tais genes se reagrupam. SELEÇÃO NATURAL De acordo com as conclusões de Darwin, a seleção natural acontece em virtude de as espécies em geral originarem uma quantidade de descendentes em desacordo com os recursos naturais disponíveis. Uma vez que os indivíduos de uma mesma espécie apresentam características diferentes, o meio seleciona os indivíduos com maior possibilidade de adaptação. À luz do neodarwinismo, sobreviverão os seres vivos que possuírem a sequência de combinações gênicas mais favoráveis à sobrevivência, sendo transferida aos descendentes a carga genética selecionada pelo meio. MELANISMO