Nenhum
Desde a década de 1950, com a chegada da Televisão nos lares brasileiros, este passou a ser o veículo de cultura, entretenimento e informação mais desejado pelas famílias. Neste final do século XX e início do século XXI, pessoas de todos os grupos sociais e idades têm acesso a um grande número de informações transmitidas pelos meios de comunicação em massa, fato que vem influenciando e suscitando debates, discussões e questionamentos acerca dos seus malefícios e também dos seus benefícios em relação à construção da subjetividade humana.
Por ser uma das principais mídias e por sua inserção social ser uma das mais elevadas em nosso país, onde funciona muitas vezes como substituta de outras opções culturais e como a principal fonte de informação da maioria da população, o estudo de seus programas infantis bem como das mensagens que estes transmitem através de seus desenhos animados torna-se relevante.
Dessa forma, vem a ser indispensável analisarmos os programas infantis e mais notadamente, os comportamentos que eles transmitem. Isso ganha uma relevância ainda maior ao considerarmos que no Brasil, grande parte da população infantil tem poucas oportunidades de entretenimento e lazer devido às condições precárias de sobrevivência as quais a maioria delas estão submetidas.
De acordo com os dados do IBGE apud Unicef (2008), quase metade (45,4%) das famílias com crianças na primeira infância tem o rendimento familiar mensal de até ½ salário mínimo per capita, o que as coloca abaixo da linha de pobreza. Quando esse dado é desagregado por regiões, o quadro é mais alarmante: 55,1% e 66,9% das crianças de até 6 anos no Norte e no Nordeste, respectivamente, moram em famílias consideradas pobres
Como ressalta Barros Neta (2001), a Televisão é um fenômeno da sociedade industrial com forte teor de influência sobre o público, em geral, e a criança, em especial, tanto na representação de mundo como em seu próprio comportamento. Assim, a televisão, ao veicular