Nem Rir nem Chorar, Mas Entender
Fim da Sociedade Industrial?
Difícil fazer uma análise desta indagação sem antes fazer uma breve relação entre as definições de “sociedade industrial” e “sociedade pós-industrial”.
Muitos definem a sociedade industrial, que teve seu início no final do século XVIII e se exauriu no final do século XX, durando 200 anos, como um sistema social que teve em seu epicentro, a produção em grande série de bens materiais através da indústria. O poder ficou nas mãos dos proprietários da indústria. Com a sociedade industrial, o poder deslocou-se para as mãos dos proprietários das empresas e o centro do sistema foi ocupado pela produção em grande escala dos bens materiais (geladeiras, tvs, carros, etc.). Há alguns anos atrás, as pessoas mais importantes e influentes eram donos das empresas mais importantes do mundo, as que produziam bens materiais: Ford, Fiat. Etc.
Já a sociedade pós-industrial é reconhecida pelo fato do seu núcleo não ser mais a produção em grande escala de produtos materiais, mas a produção de bens materiais. Ou seja, símbolos, valores, serviços, informações e estética.
Atualmente as pessoas mais importantes e influentes não produzem bens materiais, mas informações, podendo citar Bill Gates, e não tão longe de nossa realidade, Roberto Marinho e Sílvio Santos.
Tendo em vista esta análise comparativa, posso colocar minha opinião, respondendo a indagação: NÃO. Não considero o fim da sociedade industrial, até porquê ainda vivemos, e enriquecemos de um sistema em que nossa sociedade ainda lucra e emprega através da produção e venda de produtos materiais como os citados acima. Mas também podemos dizer que ela não é a mesma, observando que seu principal foco não se manteve. Podemos dizer que esta com uma roupagem nova, ou até mesmo atualizada. Em transformação.
Na leitura feita do quarto capítulo do livro