Nelson Ned: da decadência à glória
Vindo de uma família pobre da cidade de Ubá, no interior de Minas Gerais, Nelson Ned se tornou um dos maiores representantes da música brasileira no exterior. O romantismo de suas canções rompeu fronteiras, e ele chegou à marca de 45 milhões de cópias de discos vendidos em todo o mundo.
Não dá para falar da trajetória musical de sucesso de Nelson Ned sem mencionar que esse artista foi o único da América Latina a lotar várias vezes os famosos teatros nova-iorquinos Madison Square Garden e Carnegie Hill, que foram palco de grandes estrelas como Elvis Presley e Frank Sinatra.
A década de 60 marcou o início da sua notoriedade. Em 1968 Ned foi o ganhador do Festival da Canção de Buenos Aires com a música "Tudo passará", interpretando sua composição “Tudo Passará”, que já foi regravada mais de 40 vezes, em vários idiomas.
E o sucesso do disco "El Romantico de América", lançado em 1993, consagrou Nelson Ned em países da língua espanhola. Ele conquistou milhares de fãs principalmente na Argentina, no México e na Colômbia, e também fez shows na Europa e em vários países do continente africano.
Ainda em seus primeiros anos de estrelato, Nelson Ned passou a ser conhecido como "o pequeno gigante da canção", nome dado pelo saudoso ator Paulo Gracindo (em referência ao 1,12 metro de altura do cantor e ao inquestionável talento), e que dá título a uma autobiográfica de 1996 na qual Ned faz revelações sobre depressão e envolvimentos com drogas e mulheres. Mudança de vida
No auge, Nelson Ned acabou não conseguindo administrar bem a vida de glórias. Numa histórica entrevista ao apresentador Jô Soares, quando ainda apresentava “Jô Soares Onze e Meia” no SBT, Ned deu um testemunho impactante revelando que, mesmo em meio ao sucesso, ‘estava caído’ e vivendo as ilusões das drogas, do alcoolismo e da promiscuidade, enquanto sua família estava destruída.
Ele ainda disse que tudo o que tinha