relação terapeutica
André Luiz Moraes Ramos
Centro Universitário Salesiano de São Paulo - Lorena
Várias das características das relações terapêuticas são compartilhadas entre a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e outras formas comuns de psicoterapia, como a Terapia Psicanalítica e Terapia Centrada no Cliente. Esses atributos incluem compreensão, gentileza, a capacidade de gerar confiança e demonstrar serenidade sob pressão (Wright, Basco e Thase, 2008), entre outros.
Este trabalho tem o objetivo apresentar alguns aspectos relevantes da relação terapêutica que são significativos na TCC, a saber, a empatia, a aceitação incondicional do cliente e as relações transferenciais, contratransferenciais e o empirismo colaborativo.
Empatia:
O conceito empatia foi apresentado por Carl Rogers como uma das atitudes do terapeuta, juntamente com o calor humano e a autenticidade, que são positivas para a mudança terapêutica (citado em Isolan, Pheua e Cordioli, 2008) .
Na Terapia Cognitivo-Comportamental, a empatia é uma ferramenta indispensável para a compreensão do processo de construção de cognições, afetos e comportamentos apresentados pelo cliente.
De acordo com a proposta Cognitivista (Beck, citado por Abreu e Roso, 2003), não é a situação ou o contexto que determinam o que as pessoas sentem, e sim o modo como elas interpretam – e pensam - os fatos em uma dada circunstância.
Neste sentido, temos que considerar que a realidade, como é concebida pelo cliente, é construída subjetivamente, isto é depende de como o sujeito construiu sua rede de significados, a partir de sua percepção desta realidade.
Quando o cliente apresenta uma crença considerada bizarra (como o fato de o namorado não retornar um telefonema ser interpretado pela namorada como sinal de falta de amor), é necessário investigar, na história do cliente, como ele construiu o raciocínio que fundamenta esta crença.