Nelore
A raça
Ongole, ou Nelore, como é conhecida no Brasil, tem uma longa história que se inicia há muitas eras atrás (até mesmo antes de Cristo), uma vez em que os arianos levaram os animais para o continente indiano. O nome Nelore vem de um distrito da província de Madras, no estado de Andra, localizada na costa oriental da Índia, de onde os primeiros foram transportados para o Brasil. Estima-se que nosso país possui um rebanho com mais de 200 milhões de cabeças destinadas a produção de leite e corte, e 80% do gado de corte, são Nelore ou anelorado (equivalente a 100 milhões de cabeças). Em termos de produtividade, a raça se adaptou bem às condições climáticas do Brasil, possuindo inúmeros fatores que os tornam resistentes ao calor como fato de terem uma superfície corporal maior em relação ao corpo, serem portadores de uma quantidade maior de glândulas sudoríparas, pelos adaptados e trato digestivo menor do que algumas outras raças, resultando em um metabolismo mais baixo que gera menor quantidade de calor. Outra característica positiva do Nelore é a alta resistência natural que os mesmos apresentam contra parasitas devido à pelagem, que dificulta a penetração ou fixação, além de produzir secreção oleosa repelente, que quando os animais estão expostos ao calor aumentam ainda mais a produção. Com relação à reprodução, as vacas apresentam facilidade de parto, uma vez que a garupa seja dotada de uma boa angulação, boa abertura pélvica, e produção de bezerros pequenos principalmente. Os mesmos são muito espertos. Logo após o parto, vão a procura da mãe para ingerir o colostro, fornecendo a imunidade nos primeiros 30 dias de vida. O nelore é a raça que no Brasil possui a carcaça mais semelhante aos padrões exigidos pelo mercado, apresentando ossatura fina, leve, porosa, porte médio, e menor proporção de vísceras, patas e cabeça, resultando um ótimo rendimento nos processos industriais.