Raça Nelore
A história da raça Ongole ou Nelore, como é conhecida no Brasil, começa mil anos antes de Cristo, quando os arianos levaram os animais para o continente indiano. Nelore é o nome de um distrito da antiga Província Madras, Estado de Andra, situada na costa oriental da Índia, onde foram embarcados os primeiros animais para o Brasil. Os indianos consideram o bovino um animal sagrado. Por isso, a maior parte da população é vegetariana e tem o leite como a única fonte de proteína animal para a dieta. A exploração dos animais é concentrada na produção de leite e no transporte.
Histórico no Brasil
O primeiro registro de entrada do Nelore no Brasil aconteceu em 1868, com a chegada de um casal de animais em Salvador na Bahia. Passados dez anos, o suíço Manoel Ubelhal Lemgruber, criador do Rio de Janeiro, depois de conhecer o Nelore no Jardim. Zoológico de Hamburgo, na Alemanha, encomendou um casa. Até 1883 Lemgruber fez mais duas importações, dando inicio a uma linhagem bastante conhecida.
Em 1907, Joaquim Carlos Travassos, engajado na introdução dos zebuínos no Brasil, fez uma previsão histórica, ao observar a chegada de um lote de animais da Índia; “o importador conseguiu, desta vez, adquirir também alguns reprodutores da notável raça Nelore ou Ongole, que mais tarde, quando tivermos uma seleção inteligente, desenvolvidas todas suas boas qualidades, poderá ser considerada a melhor raça para os paises tropicais.”
A raça Nelore se expandiu lentamente, primeiro no Rio de Janeiro e na Bahia, depois em Minas Gerais e por ultimo em São Paulo. Em 1938, com a criação do Registro Genealógico, começaram a ser definidas as características as raciais do Nelore. Santiago (1970) reporta que o total de zebuínos importados até o ano de 1970 foi de 6.262 animais. Neste período, a importação de taurinos foi estimada em 800 mil cabeças. Atualmente, o rebanho bovino brasileiro possui 170 milhões de cabeças. Destas, 90 milhões são da raça Nelore, o que a torna o alicerce da