Neisseria

2087 palavras 9 páginas
Introdução
Existem várias espécies de Neisseria, sendo a N. gonorrhoeae e N. meningitidis as mais significantes.
N. gonorrhoeae é sempre considerada patogênica, independentemente do sítio de isolamento, podendo infectar a mucosa genital, anal e da orofaringe e, ocasionalmente, a conjuntiva do recém-nascido.
N. meningitidis pode colonizar a nasofaringe sem causar doença e ocasionar eventos invasivos, como a doença meningocócica e processos em decorrência da disseminação hematogênica como, osteomielite, artrite, pericardite e peritonite.
As espécies de Neisseria compreendem diplococos Gram-negativos que apresentam a morfologia característica representada por lados achatados. Os diplococos são imóveis, não esporulam e algumas espécies apresentam cápsula. Todas as espécies são oxidase positiva, produzem a enzima catalase, a qual degrada o peróxido de hidrogênio em água e oxigênio.
Todas as espécies são aeróbias. As espécies patogênicas são mais exigentes e crescem em meios enriquecidos, como ágar chocolate. A incubação em atmosfera úmida e contendo 5% de CO2 auxilia no cultivo das espécies de Neisseria.

Neisseria gonorrhoeae
Foi descrita pela primeira vez por Albert Neisser, em 1879, a partir do exame de exudato de um caso de gonorreia.
Também conhecida como gonococo, é um diplococo Gram-negativo que não apresenta cápsula, sendo bastante sensível a condições ambientais adversas, sofrendo facilmente o processo de autólise. As cepas de N. gonorrhoeae podem ser tipadas através da auxotipagem e da sorotipagem. A auxotipagem baseia-se nas diferentes necessidades de nutrientes ou cofatores para o crescimento da bactéria e classifica os gonococos em mais de 30 auxotipos. A sorotipagem com 12 anticorpos monoclonais, direcionados contra a proteína I da membrana externa, classifica as cepas nos grupos IA e IB, subdivididos em sorovares.
Fatores de virulência e patogênese
N. gonorrhoeae não secreta toxinas, mas existem vários fatores relacionados à virulência, como a

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