esTUdo CoMpaRaTiVo enTRe dUas MeTodologias paRa QUanTiFiCação do polissaCaRÍdeo CapsUlaR de NeIsserIA MeNINgITIdIs soRogRUpo a.
PARA QUANTIFICAÇÃO DO POLISSACARÍDEO CAPSULAR
DE Neisseria meningitidis SOROGRUPO A.
Anna Carolina Machado Marinho
Trabalho vencedor do Prêmio Jayme Torres 2008, na categoria “Farmacêuticos” na Área de atuação Análises Clínicas e Toxicológicas.
Avenida Monsenhor Félix, 340 bloco A, Apto. 303, Irajá – Rio de Janeiro, Tel.: (21) 3013‑1660
INTRODUÇÃO As meningites bacterianas continuam sendo um grande problema de saúde pública no Brasil e no mundo, constituindo importante causa de morbimortalidade na infância. Em todo o mundo, sem epidemias, ocorre um milhão de casos de meningite bacteriana por ano. Estas doenças são quase sempre emergências médicas e estão associadas a elevadas taxas de mortalidade, daí a pre‑ ocupação (e a publicidade) a que estão habitualmente associadas [13]. Estima‑se a ocorrência de pelo menos 500 mil casos de doença meningocócica (DM) por ano no mundo, com cerca de 50 mil óbitos [13]. É uma doença de evolução rápida e com alta leta‑ lidade, que varia de 7 até 70%, causada pela Neisseria meningitidis. Mesmo em países com assistência médica adequada, a meningococcemia pode ter uma letalidade de até 40% [13]. A DM foi primeiramente descrita em 1906 no Brasil.
Desde então tem ocorrido esporadicamente, sendo mais freqüente nos meses frios. Em intervalos regulares, a do‑ ença aparece em ondas epidêmicas que podem durar de dois a cinco anos [13]. Entre os anos de 1945 e 1961 ocorreu a primeira epidemia, causada pelo sorogrupo A numa taxa de inci‑ dência de 25 casos por 100.000 habitantes. No início da década de 70 houve outra grande epidemia causada pelos sorogrupos A e C, com taxas de incidência de 170 casos por 170.000 habitantes em determinadas cidades do país, tendo voltado a valores endêmicos a partir de 1976 [11]. Existem 13 sorogrupos identificados de N. meningitidis, porém os que mais freqüentemente causam doença são o A, o B, o C, o Y e o W135