Necessário Vida
Resenha
Este filme é uma excelente obra de ficção, com uma trama original e ambientado em um mosteiro italiano no século XIV,onde mortes misteriosas de monges ocorreram e foram investigados por um frei Franciscano que estava no mosteiro para um debate sobre a doação ou não dos bens da igreja e de uma vida humilde por parte dos clérigos.Com uma visão livre dos acontecimentos do contexto social, cultural, político e religioso da época o que é comum em obras de ficção, não serve como base para o entendimento honesto da história daquela época.
O filme retrata os monges como pessoas desprovidas de beleza, desdentados, “vesgos”,gordos, fanáticos, dados a luxúria, místicos, inimigos da ciência e do conhecimento, passando ao telespectador a sugestão de que essa é a imagem da igreja católica,não fazendo justiça ao real papel deles na história da humanidade.
O relatório conclusivo do frei Franciscano que investigou as mortes não foi aceito e então nos apresentam um tribunal de inquisição temido, com julgamentos rápidos, frios e torturas desumanas, certamente baseadas nos mitos que circulam desde longa data a respeito dos tribunais de inquisição.
Como pano de fundo há o romance entre um jovem noviço e uma camponesa, porém o centro real desse romance, é a antiga biblioteca de um convento beneditino, na qual estavam guardados, em grande número, códigos preciosos: parte importante da sabedoria grega e latina que os monges conservaram através dos séculos.
A expressão "O nome da Rosa" foi usada na Idade Média significando o infinito poder das palavras (no caso a biblioteca), mas creio haver sentido ambíguo no título do filme, também em relação com a moça desconhecida, cuja lembrança foi marcante, mas que seu nome o narrador da história não nunca soube.
O filme peca quando faz uma caricatura da igreja católica para enriquecer seu enredo e faturar seus 77 milhões de dólares, afinal você pode falar o que quiser sobre a igreja católica,