nazismo
A repartição da África, realizada de forma despótica, teve seu ápice quando da realização da Conferência de Berlim, que se iniciou em 1884 e durou até o ano subsequente.
A Conferência contou com a participação de 15 países, 13 pertencentes à Europa e o restante advindo dos Estados Unidos e da Turquia. Apesar dos Estados Unidos não possuírem colônias no continente africano, era um poderio que se encontrava em fase de crescimento, visando assim a conquista de novos territórios.
Na mesma situação se encontrava o país sede da Conferência, a Alemanha, que desejava também conquistar para si algumas colônias.
Vários temas foram abordados durante a Conferência, porém, o objetivo maior era a elaboração de um conjunto de regras que dispusessem sobre a conquista da África pelas potências coloniais da forma mais ordenada possível, mas que acabou resultando em uma divisão nada pacífica.
A Grã-Bretanha e a França foram os países que abocanharam o maior número de territórios, em seguida veio Portugal, Bélgica, Espanha, Itália – que, apesar de ter adentrado tardiamente na corrida colonial, devido ao processo de unificação nacional pelo qual passava, não ficou a ver navios –, Alemanha, Holanda, Dinamarca, Estados Unidos da América, Suécia, Áustria-Hungria e Império Otomano.
A Turquia, apesar de não conquistar nenhuma colônia na África, era o cerne do Império Otomano – Estado que teve sua existência entre os anos de 1299 e 1922 – e tinha interesses no norte da África.
Os demais países europeus que não foram beneficiados na divisão da África eram potências comerciais ou industriais que já possuíam negócios mesmo que indiretos com o continente africano.
Durante a Conferência houve um momento de tensão muito sério. Tudo se deu devido a um plano apresentado por Portugal, conhecido como Mapa Cor-de-Rosa, no qual ele esboçou a intenção de ligar Angola a Moçambique a fim de aprimorar a comunicação entre as duas colônias e tornar mais fácil o comércio