Nazismo
O nazismo não passaria de um monte de idéias malucas e sem futuro político caso não encontrasse na Alemanha humilhada e destruída, em função da derrota na Primeira Guerra Mundial e dos efeitos da Grande Depressão econômica dos anos 1930, um terreno tão fértil e condições tão propícias para pregar o ódio, a intolerância e o totalitarismo. Mas, não foi só o contexto socioeconômico e histórico que ajudou a ideologia nacional-socialista (ou nazista) a vingar. Um líder carismático, a criação de uma máquina de propaganda política nunca antes vista e a exploração do ódio racial e do patriotismo baseada em argumentos "científicos" também foram fundamentais para a expansão e dominação das idéias nazistas sobre quase toda a população alemã. É preciso destacar também que o nacional-socialismo não é uma exclusividade germânica. Ao mesmo tempo em que fez o sucesso que fez na Alemanha, a ideologia nazista também conquistou admiradores em regimes democráticos, como os Estados Unidos, e em ditaduras latino-americanas, como no Brasil do Estado Novo (período ditatorial de Getúlio Vargas). Além disso, o nazismo não morreu com o suicídio de Hitler, seu principal expoente. Movimentos e grupos neonazistas surgiram e estão ativos em vários países do mundo, só que na maioria dos casos atuando na clandestinidade - a destruição e os horrores provocados pelo nazismo quando chegou ao poder vacinaram as democracias ocidentais contra a ameaça que ele representa.
Até hoje um dos mais intrigantes fenômenos provocados pelo nazismo diz respeito à adesão e o comportamento da população alemã durante o período em que o Partido Nacional-Socialista, sob a liderança de Hitler, ascendeu e manteve-se no poder. Milhões de cidadãos comuns levavam uma vida rotineira enquanto vivenciavam, participavam ou, simplesmente, aprovavam as atrocidades cometidas diariamente pelo regime