Navegação de cabotagem
Durante as décadas de 50 e 60 a maior parte dos investimentos foi destinada em infraestrutura e pavimentação de rodovias, deixando o modal aquaviário sem ajustes e investimentos necessários. Frente a essa escassez de recursos, este modal foi sendo menosprezado pela maioria das empresas e investidores, a cabotagem era apenas utilizada para fazer o transporte de parte da carga de granéis líquidos e sólidos, que são de grandes volumes e baixo valor agregado.
No período de 1990 a navegação de cabotagem ganhou força e alguns empresários começaram a fazer o transporte de cargas em contêineres na linha Santos-Manaus, tentando fazer viável a utilização deste modal, como opção contrária aos autos valores do frete rodoviário e ao roubo de cargas. A alternativa pela cabotagem se mostrava oportuna e uma saída para os problemas infraestruturas das rodovias, mas, com a posse de Collor e a inviabilização dos investimentos portuários, a esperança de diminuir custos de transporte foi perdida.
Em 1999, o país estava em um contexto político e econômico diferente: com índices de inflação controlados e economia estabilizada a cabotagem ganha espaço novamente e surge a Mercosul Line, empresa brasileira que foi criada com o intuito de suprir esse novo mercado de transporte e que deu ênfase à carga contêinerizada.
O segmento de transporte marítimo de cargas por cabotagem tem crescido efetivamente nos últimos dez anos e atualmente, como afirmam os especialistas, a navegação de cabotagem é, sem dúvida, um modal ainda mais promissor.
O Brasil apresenta