Natureza do Espaço
A priori, Milton nos fala a respeito das técnicas, do tempo e o espaço geográfico, delegando a seguinte frase: – “É por demais sabido que a principal forma de relação entre o homem e a natureza, ou melhor, entre o homem e o meio, é dada pela técnica...” . Nos fala que esta, por muitas vezes foi negligenciada, desconsiderada como um elemento do território e de suas transformações, que e´ raro que um esforço de generalização participe do processo de produção de uma teoria e de um método geográfico, buscando ressaltar que a influência da técnica sobre o espaço se exerce de duas maneiras e em duas escalas diferentes: a ocupação do solo pelas infraestruturas das técnicas modernas e também, as transformações generalizadas impostas pelo uso da máquina e pela execução dos novos métodos de produção e de existência. Não obstante, entre homem e meio não há determinação, pois a técnica consiste nos meios pelos quais realizamos a vida, mas ela não se faz autossuficiente, pois se a tirarmos do acesso as pessoas, ela perde totalmente o seu valor, ela se propaga de formas bem diferentes. Prosseguindo sua ilustração, ele começa a construir um intenso levantamento sobre o tema e como a geografia chegou, ou não, a tratar do tema. Ao longo da sua construção ele vai elaborando uma percepção, de que forma a questão da técnica há de ser incorporada pela geografia, afirmando que quando geógrafos escrevem que a sociedade opera no espaço geográfico por meio dos sistemas de comunicação e transportes, eles estão certos, mas a relação, que se deve buscar, entre o espaço e a técnica, é abrangente de todas as manifestações, inclusive das técnicas da própria ação.
Bom, esta crítica da geografia padecer de uma lacuna epistemológica é observada desde a sua concepção. Deve-se procurar esclarecer essa problemática que aflige a geografia. O que se nota na geografia não é tanto uma carência epistemológica, mas sim que nosso campo de estudo e trabalho vem cada vez mais