Naturalismo e parnasianismo
O Naturalismo foi uma tendência artística prevalecente em toda a Europa, na segunda metade do século XIX. O Naturalismo pretende imitar a Natureza com exatidão, opondo-se ao idealismo e ao simbolismo.
Os pintores foram-se interessando cada vez mais pela representação da vida quotidiana e dos seus acontecimentos triviais. Foi uma tendência que também teve expressão na literatura, especialmente nas novelas de Zola e dos Goncourts.
Esta escola procura a inspiração na observação direta da Natureza, que é pintada no local, e com toda a autenticidade. A sua temática é, portanto determinada pela pintura ao ar livre (plein air): a paisagem, cenas da vida e do trabalho no campo. A pintura é executada no local e observando diretamente o motivo a representar, bem como a luz e a cor local.
O Naturalismo em Portugal 1880-1910:
Em Portugal o Naturalismo chega tardiamente em 1879, por influencia da obra dos bolseiros de Paris, especialmente Silva Porto (e Marques de Oliveira), que tinha estado no Barbizon, tendo assimilado aí o método de pintura ao ar livre e a sua temática característica. Este estilo impõe-se e domina o gosto em Portugal até muito mais tarde do que no resto da Europa.
São representantes do Naturalismo: Silva Porto, Marques de Oliveira, José Malhoa, João Vaz, Sousa Pinto e Columbano (este com uma obra de características muito pessoais e especificas). São temas predominantes as paisagens rurais e marinhas, cenas bucólicas, cenas de costumes rurais (especialmente Malhoa), ambientes urbanos e, principalmente em Columbano, cenas da vida urbana burguesa e o retrato.
O naturalismo sobressaiu em França entre 1870 e 1890 espalhando-se por outros países.
O marco do naturalismo português é o livro de Eça de Queirós, O crime do Padre Amaro, 1875 e, decisivamente, a sua versão definitiva em 1880. Em 1878 Eça de Queirós lança o seu O primo Basílio, com duas edições no mesmo ano, tendo, a segunda, alterações. Foi com este livro, um grande sucesso, que o