Realismo E Naturalismo E Parnasianismo 1
Na unidade anterior você estudou o romance romântico e não podemos esquecer que os FOLHETINS e, mais tarde, os livros publicados realçavam os valores da sociedade da época, como o nacionalismo, o individualismo e o sentimentalismo. Lembremos que o folhetim foi longe, até 1915, no mínimo.
Assim, o romance romântico documentou os valores da burguesia que, durante a primeira metade do século XIX, dominou, em ascensão progressiva, a sociedade ocidental.
Por isso, os aspectos da realidade presentes na obra romântica foram sempre abordados de forma positiva: os heróis nacionais, as belas paisagens, as festas requintadas, os teatros elegantes, dentre outros. Este otimismo social reflete-se, de certa forma, no final feliz dos romances mais populares.
Com o passar do tempo, entretanto, foram se intensificando as contradições da sociedade burguesa. Surgem revoltas em todo o País, aliadas ao movimento republicano e abolicionista. Tudo apontava para a fragilidade do sistema social e a literatura refletiu esta agitação. Castro Alves iniciou, com sua poesia, uma crítica ao descaso da elite brasileira com a situação do negro no Brasil e tentou sensibilizar aqueles que poderiam alterar esse panorama social. Neste contexto, velhas verdades caíram por terra e, com elas, o estilo romântico. A nova literatura que surge é engajada, revolucionária e preocupada com a linguagem. Temos então o REALISMO, termo que está ligado a obras literárias que retiram sua temática da vida real, do mundo real, que será observado de maneira objetiva, fotográfica e documental , evitando a subjetividade do artista. O Realismo é, portanto, a tendência literária que procura representar, acima de tudo a verdade, isto é, a vida tal como é, utilizando-se para isso da técnica de observação e da documentação, bem ao contrário do Romantismo. A figura mais expressiva da corrente realista, no Brasil, foi MACHADO DE ASSIS, que em 1881 publicou o seu livro