Naturalismo em Portugal
O Naturalismo constitui o período literário, da década de 80, que se segue ao Realismo. Este movimento estético partilha com o Realismo a ideia de que a Arte deve ser o retrato fiel da realidade. No entanto, influenciado pelo Positivismo de Comte e pela teoria evolucionista de Charles Darwin (Darwinismo), o Naturalismo considera que o romancista não se deve limitar a observar os acontecimentos e expô-los, mas também a interpretar os factos e os fenómenos sociais, com o rigor próprio da ciência. Deste modo, o romance adquirirá um valor social e científico.
O escritor naturalista, tal como o Realismo, também se baseia na observação e descrição do meio social, contudo, acredita que o indivíduo é o resultado de influências do meio, da educação e de fatores do momento histórico que condicionam o seu comportamento. Para os naturalistas, os comportamentos do indivíduo, são influenciados por fatores exteriores como a hereditariedade, a educação e o meio.
CARATERISTICAS
´ A principal característica do Naturalismo é a linguagem cientifica que transformou o homem e a sociedade em objetos de experiências;
´ Preferência por temas como miséria, adultério, crimes, problemas sociais, taras sexuais, etc;
´ A exploração de temas que traduzem a vontade de analisar todas os aspetos negativos/positivos sociais e humanos sem se preocupar com a reação do público.
´ Ao analisar os problemas sociais, o naturalista mostra uma vontade de retratar a sociedade, e desta forma, denunciar os seus problemas, tentando contribuir para a melhoria da sociedade.
NATURALISMO EM PORTUGAL
O naturalismo teve origem em França, em meados do século XIX. O primeiro Naturalista português foi Eça de Queiroz com a obra “O Crime do Padre Amaro”. Em 1878, Eça de Queiroz, publicou “O primo Basílio”, conseguindo alcançar um grande sucesso entre o público da “nova escola”. Os autores que seguiram o “ultrarromantismo” foram classificados, pelos historiadores, como alunos