Naturaleza y Ciudad
“Tradicionalmente se tem considerado a cidade moderna como um produto de energia barata, força econômica, alta tecnologia, e natureza controlada.” (HOUGH,1995 p.5) A forma da cidade não tem levado em consideração as ciências naturais e os valores ecológicos, o que tem contribuído para uma alienação da cidade e do campo, e ao desperdício dos recursos urbanos e rurais.
Para o autor:
[...] o ponto de vista ambiental é um componente imprescindível dos processos técnicos, econômicos, políticos e de desenho que dão forma a cidade; os processos naturais que tem lugar dentro da cidade e que frequentemente não são reconhecidos, proporcionam uma alternativa que permite modificar a sua forma e controlar a sua evolução. (HOUGH,1995 p.6)
“Por outro lado, os problemas enfrentados no mundo rural tem suas origens na cidade, e, portanto, as soluções também devem ser buscadas na cidade. A tarefa é unir o conceito de urbanismo com o de natureza.”(HOUGH,1995 p.6)
Segundo o autor, duas paisagens coexistem uma ao lado da outra na cidade: a formalista e a natural. A paisagem formalista, centro tradicional dos desenhos públicos, tem pouca conexão com a dinâmica dos processos naturais, tendo como prioridade as questões estéticas. É a paisagem dos gramados cortados, dos canteiros de flores, de árvores, das fontes, encontradas nos centros comerciais, praças públicas, jardins e áreas residenciais. A sobrevivência desta paisagem gera grandes esforços energéticos, e depende da tecnologia da engenharia e da horticultura. Seu desempenho independe do lugar: pode-se encontrá-lo em qualquer parte do mundo. A segunda paisagem representa a vitalidade dos processos naturais e sociais que, embora alterados, atuam na cidade. É a paisagem das indústrias, das ferrovias, das empresas de serviços públicos, das terras baldias, articulações ferroviárias urbanas, exportações mineiras abandonadas e frentes marítimas, da vegetação urbana