Introdução A busca pela melhora na qualidade de vida nos últimos anos tem levado um número crescente de pessoas portadoras de necessidades especiais a procurar a prática de diferentes esportes, visando seu bem-estar físico e psicológico. Diversos estudos têm sido realizados, especialmente a partir da década de 70, demonstrando os efeitos benéficos da atividade física nas diversas patologias e as respostas fisiológicas aos exercícios para esta população (SHEPARD, 1990; CLIMSTEIN et al., 1993; PITETI, 1993; BAR-OR, 1994; BOOTH, 1994; BARROS, PIRES NETO E BARROS NETO, 2000). Um dos maiores valores do desporto e da atividade física para a pessoa com necessidades especiais é elevar o potencial do corpo, melhora da auto imagem e, simultaneamente, ampliar as condições de efetiva função na sociedade (ALMEIDA E TONELLO, 2007). Meier (1981) acredita que a natação assume um lugar privilegiado entre os exercícios físicos na medida em que o aluno vivencia a liberdade de movimentos, que podem ser executados em todos os sentidos contra a resistência da água, assim toda a musculatura é requisitada durante a natação. A água apresenta propriedades físicas que facilitam para o indivíduo sua locomoção sem grande esforço, pois sua propriedade de sustentação (empuxo) e eliminação quase que total da força da gravidade, podem segundo Campion (2000), aliviar o estresse sobre as articulações que sustentam o peso do corpo, auxiliando no equilíbrio estático e dinâmico, propiciando dessa forma, maior facilidade de execução de movimentos que, em terra, seriam muito difíceis ou impossíveis de serem executados. A natação é uma das modalidades esportivas com mais tradição dentro do campo do esporte para pessoas portadoras de necessidades especiais, sendo introduzida como esporte de competição após a segunda guerra mundial. Para o portador de necessidades especiais a atividade na água, ou o movimento de nadar, significa um momento de liberdade e independência, momento este