NaTa
No leite fresco em repouso, a porção gorda, mais leve que a água, forma uma camada de nata à superfície, que pode ser removida para uso posterior; esta nata tem apenas 30% da gordura do leite. Nos países industrializados, no entanto, a nata é extraída do leite por centrifugação e depois tratada termicamente para se conservar mais tempo. As formas de tratamento térmico incluem a pasteurização, a esterilização e o UHT.
A nata pode ser utilizada batendo-a com açúcar muito fino, para formar o creme chantili. Outra forma usual é adicionar nata a um molho de cozinhar carne, como no bife à Marrare ou, junto com cogumelos, no estrogonofe.
A nata pode também ser fermentada para formar o crème fraîche e a nata azeda ou ácida ou creme azedo (sour cream), utilizado em algumas comidas dos Estados Unidos e também no borsch e nos pelménie da culinária da Rússia, Ucrânia e noutros países da Europa de Leste.
Existem muitos produtos diferentes derivados da nata fresca, ou seja, da gordura retirada do leite fresco; esses produtos distinguem-se pela consistência, pelo teor em gordura e pelo tipo de tratamento a que foram submetidos antes de serem consumidos. Os critérios para classificar os diferentes produtos dependem das regulamentações oficiais de cada país ou região.1
Os franceses distinguem “crème” de “crème légère” (o equivalente a “light” ou “magra”) segundo o teor em gordura: a “verdadeira nata” contém 30-40% de gordura, enquanto que a “légère” contém um mínimo de 12%. A “crème crue”, ou seja nata fresca ou “creme de leite fresco” é a que não teve nenhum tratamento, a não ser ter sido recuperada dum leite fresco e contém, no Brasil, cerca de 35% de gordura, embora não seja normalmente comercializada, antes de ser, no mínimo, pasteurizada.2
Além destes produtos existem, como já foi referido acima, o creme azedo e o crème