Nat Lia Sim Es Dos Santos
Pegadogia 3 C – Prof. Sônia
Resenha do texto “Entre o passado e o futuro” Hannah Arendt
Capítulo 5: A crise na educação Acentuando a ruptura entre o passado e o futuro, fenômeno genuíno na cultura moderna, em contraposição à noção de continuidade da cultura antiga, neste capítulo a autora desenvolve um amplo campo de reflexão sobre a cultura moderna, e oferece as chaves necessárias para a compreensão do referido fenômeno. Nesse sentido, “Entre o Passado e o Futuro” tem início elucidando a lacuna da tradição como algo procedente, a princípio, do campo intelectual, inspirada notoriamente por três notáveis filósofos: Sören Kierkegaard, Karl Marx e Friedrich Nietzsche. Com essa tríade interpretada, Arendt denuncia como o filisteísmo, propagado pela classe média em ascensão durante o século XIX, fez da cultura mero instrumento de mobilidade social, na verdade, uma mercadoria social, consumindo cultura na forma de diversão e dando início ao processo de desvalorização dos valores inscritos em nosso patrimônio cultural. Arendt situa a transição da “boa sociedade”, composta de indivíduos que dispunham não somente de dinheiro, mas também de lazer ou tempo necessário para devotar à “cultura”, rumando para um novo estado de coisas suscitado pela ascensão da sociedade de massas, pois, uma vez liberados do trabalho físico extenuante para garantir a própria sobrevivência, todos os indivíduos privados daquele “espírito vivificador” - oriundo do cultivo da cultura - foram, na sociedade de massas, contemplados com lazer abundante para se dedicar à cultura. Nesse sentido, todas as vias de escape dos indivíduos não incorporados aos diversos estratos da população estão fechadas, provocando no homem moderno a sujeição a todas as pressões deflagradas pelas relações de poder existentes na sociedade de massas, inclusive aquelas formuladas pelas filosofias sociais que, mediante certa literatura filosófica, encontra na glorificação dos