narradores de jave
Introdução
A educação de trabalhadores, até bem pouco tempo, não era tida como necessária. A partir das transformações no processo de trabalho e no processo industrial, esse conceito mudou e surgiu a necessidade de um “operário pensante”.
Este trabalho apresenta, de maneira breve, como os programas desenvolvidos no país voltados à alfabetização de jovens e adultos se estruturaram. Relata, ainda, uma entrevista feita com professor do Colégio Estadual José Luiz Gonzaga Ferreira, pesquisa na metropolitana A que mostra
, da rede estadual do Rio de Janeiro, sobre suas concepções a respeito da EJA.
A educação de adultos das classes pobres sempre foi vista pela classe dominante como desnecessária e até “prejudicial” à felicidade desses trabalhadores. O discurso da elite naturalizava a condição financeira; assim, os menos favorecidos deveriam aceitar a posição à qual foram destinados na sociedade.
Na verdade, o que se escondia por trás dessa ideia é que a educação seria subversiva e poderia criar indivíduos perigosos: capazes de entender seu papel enquanto cidadãos, questionadores, insubordinados, “inimigos da sociedade” estabelecida.
O trabalho na agricultura ou mesmo na indústria era braçal e dependia de um treinamento mínimo. Seria um desperdício gastar energia e dinheiro com alfabetização de adultos já inseridos no mercado de trabalho, sendo melhor investir na educação de base – a educação infantil.
Qualquer pessoa medianamente bem informada conhece os inconvenientes da incapacidade de ler e escrever: como podem pessoas analfabetas sobreviver com mínima qualidade de vida numa sociedade que faz da palavra