Nanotecnologia molecular
A busca pela exploração do universo nanométrico foi idealizada por Richard Feynman em 1959 (Figura 1) ao proferir sua célebre conferência "There's Plenty of Room at the Bottom''1 antecipando a revolução tecnológica que se figura nos últimos anos.
Figura 1: Richard Feynman
Nos anos seguintes, diversas técnicas proporcionaram um avanço na direção das idéias precursoras de Feynman. Cabe destacar a invenção dos microscópios eletrônico e STM que trouxeram mudanças extraordinárias no desenvolvimento de materiais.
Nanociência e nanotecnologia tratam do estudo e aplicação de estruturas que possuam ao menos uma dimensão na ordem de 10 a 100 nm (1 nm = 10-9 m). Essa classificação, baseada no tamanho, inclui a moderna tecnologia de processamento desenvolvida pela Intel que permite a confecção de circuitos integrados de semicondutores com transistores de dimensões próximas a 45 nm elevando a performance dos processadores. Em 1965, Gordon Moore, co-fundador da empresa, fez previsões acerca do futuro da microeletrônica, prevendo a corrida pela miniaturização dos circuitos integrados que naquela época eram fabricados com cerca de 2200 transistores e hoje em dia alcançam um grau de complexidade enorme e são compostos por bilhões desses. Após 40 anos, essas previsões mostraram-se corretas e ficaram conhecidas como a Lei de Moore2.
A miniaturização de dispositivos é uma das alternativas na evolução dos materiais. Essa abordagem up-down, como a própria Lei de Moore prevê, apresenta dificuldades cada vez maiores para o sucesso da nanofabricação. A manipulação de estruturas nanométricas utiliza técnicas que apresentam limites de precisão que aparentemente foram esgotados, o que explica a recente desaceleração no lançamento de novas tecnologias.
Uma segunda alternativa se mostra como a grande mudança de paradigma no desenvolvimento de novos materiais que é a introdução da abordagem molecular no processo de criação dos mesmos. Neste caso, são