Nada
Embora tido como um dos primeiros cangaceiros, José Gomes, o Cabeleira, era apenas um bandido cruel e sanguinário que entrou na vida do crime influenciado pelo seu pai, o não menos perverso Joaquim Gomes, um homem mal e cruel que cedo ensinou o filho a arte violenta de matar e sangrar as pessoas indefesas apenas por puro prazer. Juntamente com seu pai e um negro de nome Teodósio, Cabeleira aterrorizou toda a zona da mata pernambucana desde Vitória de Sto Antão até o centro do Recife em meados de 1775. Cabeleira foi um herói do mal. À revelia de sua mãe, a Joana, conheceu a trilha do crime através do pai que cedo o ensinou a usar o clavinote, deixando um rastro de morte e destruição por onde passava. Cabeleira não escolhia suas vítimas. Era um herói sem causa social, e não tinha para si um código de ética e de conduta. Matava por matar e roubava por roubar. José Gomes foi aprisionado num canavial em Paudalho, zona da mata de Recife e levado à forca no Forte das Cinco Pontas em 1776. Das estórias de Cabeleira, só contadas pelo romancista Franklin Távora fica os versos que imortalizou a figura desse cangaceiro na alma do nordestino: “Fecha a porta, gente Cabeleira aí vem Matando mulheres Meninos também....” “Minha mãe me deu Contas pra rezar Meu pai me deu faca Para eu matar” “Meu pai me pediu Por sua benção Que eu não fosse mole Fosse valentão.” Alguns Cangaceiros
Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião
Massilon Benevides Leite
Ezequiel Ferreira da Silva, vulgo Beija-Flor
Domingos dos Anjos, vulgo Serra do Uman
Luiz Pedro do Retiro
Hermínio Xavier, vulgo Chumbinho
José de Souza, vulgo Tenente
Laurindo Soares, vulgo Fiapo
João Mariano, vulgo Andorinha
Joaquim Mariano Antonio de Severia, vulgo Nevoeiro
Antonio Romeiro
Sabino Gomes
Izaias Vieira, Vulgo Zabêlê
Ignacio de Medeiros, vulgo Jurema
Felix da Matta Redonda, vulgo Felix Caboge
Heleno Caetano da Silva, vulgo Moreno
João Donato, vulgo Gavião
Pedro Gomes
João Henrique