nada
Bati na porta, respirando fundo para encarar o que vinha a seguir. Ouvi a voz do sr. Donald dando permissão para que entrasse, e assim fiz. Ele estava sentado atrás de sua imponente mesa de mármore e ao ouvir meus passos, acenou para que me sentasse sem ao menos levantar os olhos para mim.
- Sr. Rodgers, o que tem para me dizer em sua defesa? –Ele levantou os olhos para me encarar e eu continuei calado. Sei que em minha posição uma pergunta como essa deve ser compreendida como uma retórica. – O senhor agrediu um colega de classe dentro da sala ignorando a autoridade do professor, acha que a minha escola é um dos ringues de beira de esquina na qual você freqüenta? –A voz dele e a forma como me olhava estava visível o desprezo, eu já estava acostumado com esse tratamento e para ser sincero, o sentimento era recíproco e não fazia nenhuma questão de escondê-lo. –Acho que já deve imaginar o que irá acontecer, certo?! Será expulso da minha escola, porque não vou permitir que um moleque como você venha até aqui e destrua tudo o que eu lutei para criar! Hoje mesmo falarei com sua mãe. É triste, mas será necessário!
Agora ele conseguiu me afetar e pela expressão de satisfação que existia, sabia muito bem o que tinha feito. A vontade que eu tinha era de fazer o mesmo que fiz com Josh, mas não faria isso com um senhor da idade dele, não seria certo por mais imbecil que ele fosse. Engoli a seco toda a minha raiva e continuei a encará-lo enquanto fazia algumas anotações em uma agenda velha.
- Sr Donald, posso entrar? – Me virei para ver a dona da voz entrar na sala sem ao menos receber alguma permissão, seus olhos estavam fixos no diretor com uma determinação que eu estava começando a achar perigoso. Mas o que