Nada
O livro, escrito pelo professor Roberto DaMatta, foi inicialmente sugerido pelo Azert, um cidadão que encheu muito nosso saco por aqui até não aguentarmos mais. Recentemente, o @msanjos mencionou o livro via Twitter, sem imaginar que já estava comprado há alguns meses.
O ponto básico do livro, que a princípio eu achei muito interessante, parte do princípio de que herdamos um comportamento fortemente estratificado em classes sociais desde os tempos da escravidão no Brasil. O carro surge como a expressão máxima da individualidade, um “estilo aristocrático de evitar o contato com a plebe ignara, o povo pobre, chulo e comum“. Faz sentido.
O autor prossegue, citando exemplos de comportamentos segregadores, passando pelo famoso bordão “você sabe com quem está falando?” e mencionando exemplos de abusos cometidos por autoridades ou membros de privilegiadas classes sociais, quando usando um automóvel. É a manifestação prática de que, na verdade, nem todos são realmente iguais perante a lei. É difícil contestar esses argumentos.
Entretanto, após análise, eu acredito que o modelo do livro é muito simplista, a partir do momento em que pretende justificar o comportamento de todo um povo com base na herança aristocrática dos tempos do Império. Será então que somos assim devido a uma forte característica cultural e histórica?
Outras interpretações
Eu tenho outro ponto de vista. Até entendo que, para muitas pessoas, a classe social, poder ou prestígio possam reforçar suas atitudes individualistas e prevalescimentos sobre outras pessoas. Entretanto, eu