Nada a ver
03.01. As Políticas Fiscal e Monetária: Qual delas é Fundamental para a Demanda Agregada?
A revolução keynesiana das décadas de 30 e 40 chamou a atenção para o controle da demanda agregada como um meio de evitar a repetição da Grande Depressão. Com isto, foi colocado de lado o paradigma clássico, segundo o qual uma economia de mercado contém mecanismos auto-reguladores capazes de manter estável a situação de pleno-emprego, se as autoridades governamentais seguirem, consistentemente, uma política de não-intervenção na economia (Laissez-faire). A revolução keynesiana trouxe à luz, entretanto, um outro aspecto importante: a ênfase posta por Keynes na política fiscal como um meio de controle da demanda agregada; em particular, o governo deveria aumentar seus gastos e reduzir a tributação durante urna depressão, de modo a recolocar a economia em Pleno-emprego.Em contraste com os economistas clássicos que viam no estoque monetário o fator principal de variações na demanda agregada, Keynes relegava a moeda a um papel secundário - não se poderia contar com uma política monetária expansiva para livrar a economia de uma depressão. Na verdade, Keynes argumentara que, na situação de uma profunda recessão econômica, políticas de expansão monetária podem ser completamente inúteis para estimular a demanda agregada - um aumento no estoque monetário pode não ter nenhum efeito sobre o nível de dispêndio (gastos) na economia. Ao considerar conjunturas econômicas normais, Keynes era menos pessimista com relação à política monetária, pois, na verdade, a importância da moeda pode ser avaliada a partir dos títulos de seus trabalhos anteriores: Monetary Reform (1924) e A Treatise on Money (1930).Não obstante, Keynes nos legou uma forte convicção em favor da política fiscal como sendo a principal ferramenta para o controle da demanda agregada. Em conseqüência, aqueles que seguem consistente-mente a tradição keynesiana conferem à política