nacionalismo e unificaçao
O nacionalismo assume inúmeras formas e pode-se originar com base em diversas necessidades: de uma comunidade étnica, religiosa ou cultural, sob dominação, tornar-se independente; de um grupo ou comunidade impor sua nacionalidade e se transformar em soberano no Estado; ou de o próprio Estado - Nação impor seus ideais aos cidadãos como forma de sobreviver como unidade. O sentimento nacionalista tem suas raízes na Revolução Francesa. A burguesia volta-se contra a nobreza e o clero e proclama que o poder não emana de Deus nem do soberano, mas do povo e da nação. A lealdade ao rei é substituída pela lealdade à pátria. No final do século XVIII e no decorrer do XIX, a ascensão do sentimento nacionalista coincide com a Revolução Industrial, que promove o desenvolvimento da economia nacional, o crescimento da classe média, a exigência popular de um governo representativo e o desejo imperialista. Nacionalismo liberal – No início do século XIX, o nacionalismo firma-se como uma ideologia política que traduz as aspirações do liberalismo. Torna-se uma forma de protesto contra os Estados monárquicos, aristocráticos e religiosos e de afirmação da identidade nas regiões submetidas ao domínio estrangeiro, como na Itália dominada pela Áustria e na Irlanda subjugada pelo Reino Unido. Após a derrota de Napoleão, as potências vencedoras posicionam-se contra as pretensões nacionalistas, que, associadas ao liberalismo, significam uma ameaça à restauração monárquica. No contexto das Revoluções Liberais, no século XIX, o princípio da nacionalidade é um dos fatores decisivos para a mobilização da burguesia, que, em alguns países, é apoiada pelo proletariado industrial. Na Itália e na Alemanha, o sentimento nacionalista é um elemento fundamental para as unificações. Nacionalismo autoritário – A unificação alemã em 1871, liderada pelo antiliberal e pró-monárquico Otto von Bismarck (1815-1898), marca o início da fase na qual o nacionalismo é firmado no