Nacionalismo na europa
Ao longo do século XIX, o nacionalismo constituiu grande força política na Europa, capaz de mobilizar os povos na luta pela unidade territorial e pela afirmação dos valores e tradições nacionais. O nacionalismo europeu assumiu diferentes formas, segundo a região em que se manifestou. Na França, deu origem ao revanchismo, provocado pela derrota na Guerra Franco-Prussiana. Propagandeado nas escolas, igrejas e na impressa, o revanchismo francês alimentava o nacionalismo militarista e o ódio aos alemães. O pan-eslavismo russo constituiu outro fenômeno importante e surgiu do dever, assumido pelo governo russo, de proteger os povos eslavos. Como grande nação eslava, a Rússia constantemente se envolvia em conflitos com o império Astro-Húngaro e Turco-Otomano, que tinham domínios nos Bálcãs, onde se localizava várias nações de mesma origem étnica, entre elas a Sérvia. Uma terceira forma adotada pelo nacionalismo na Europa foi o expansionismo sérvio, alimentado depois que a Rússia derrotou o Império Turco-Otomano em 1878, ano em que a Sérvia conquistou sua independência. Na Alemanha, o nacionalismo se manifestou na forma de pangermanismo, corrente ideológica que lutava pela reunião dos povos europeus de origem germânica sob liderança alemã. O nacionalismo, todavia, não se podia considerar um movimento de massas a não ser nos países já atingidos pela dupla revolução: França. Inglaterra e, por dependência econômica e política desta, a Irlanda. Nos países da Europa Oriental existia uma espécie de proto-nacionalismo, mas desviou-se para o conservadorismo e não para a rebelião. A partir da Revolução de 1848, a opinião pública europeia já não concebia outra perspectiva legítima se não o Estado Nacional”, e toda a política internacional gira à volta da constituição de uma Europa composta por Estados-nação. As consequências do nacionalismo europeu são amplas. Não foi só a criação de uma nova Europa, mas foi principalmente o despertar da resistência