Músicoterapia

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Ao longo da experiência humana, os processos curativos passaram pela magia, pela cura religiosa e pelo pensamento racional. A música sempre fez parte do universo mágico do homem e, portanto, ela poderia protegê-lo e dominar o mundo sobrenatural ou as forças da natureza. As curas religiosas se baseavam na purificação dos doentes, sendo a música responsável por tratar sintomas físicos ou espirituais; no começo da Idade Média os sacerdotes compreenderam como a música e a arte como um todo poderia influenciar o homem para bem ou para mal (ALVIN, 1984). Na tentativa de evitar superstições, a Igreja Católica sufocou o desenvolvimento dos estudos médicos, proibindo o tratamento através da música, a qual poderia ser utilizada apenas com cunho religioso (COSTA, 1989). A cura racional através da música, por sua vez, ocorre desde tempos muito antigos, passando pela Babilônia, Egito e Roma, muitas vezes ocorrendo concomitantemente com a magia e as curas religiosas (ALVIN, 1984).
Costa (1989, p. 17) diz que “as três tendências se misturaram, formando um amálgama em que cada uma entra em proporções diversas, de acordo com o espírito prevalecente na época”.
No século XVI e XVII, os efeitos da música começaram a ser observados de forma científica e seus resultados sobre os pacientes e suas aplicações em tratamentos médicos passaram a ser mencionados nos livros de medicina. A música que até então era tratada como uma forma de recreio ou de tranquilização da mente, passa a ter valor como um fator de bem-estar e de alívio de preocupações e temores, podendo atuar tanto sobre o corpo como sobre a mente (ALVIN, 1984). É neste momento da história que se começa a esboçar o desligamento dos conceitos médicos de bruxaria, que a loucura passa a ser atribuída a causas naturais, e que o uso da música torna-se recomendado para os casos hoje ditos psiquiátricos e para a melancolia (COSTA, 1989).
No século XVIII iniciam-se as investigações sobre os efeitos fisiológicos
da

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