Mídia Ninja e Tradicional: quem está fora do eixo? Um estudo sobre a participação da Mídia Ninja nas manifestações ocorridas no Brasil em Junho de 2013
Daniella Borges de Brito2
Centro Universitário Belas Artes - SP
Roberto Gondo Macedo3
Universidade Presbiteriana Mackenzie - SP
RESUMO
Um dos debates mais acentuados na contemporaneidade é o formato midiático que melhor se adequa às necessidades informacionais atuais, no sentido dinâmico e convergente das coberturas dos acontecimentos sociais. O objetivo do artigo é contextualizar o jornalismo cidadão, sua história, sua relação com a tecnologia, suas diferenças em relação ao jornalismo participativo e críticas em relação ao termo, elucidar a motivação dos jornalistas cidadãos do Mídia Ninja de acordo com a teoria da luta pelo reconhecimento de Honneth e descrever com maior profundidade suas atuações e estrutura dinamica de organização. A teoria do agir comunicativo de Habermas é balizadora no paralelo traçado na atuação do Mídia Ninja no período de manifestações ocorridas no país, de modo mais acentuado nas capitais brasileiras, no mês de junho de 2013.
PALAVRAS-CHAVE
Mídia Ninja; Mobilização Social; Redes Sociais; Convergência Informacional; Democracia.
INTRODUÇÃO
Um dos maiores desafios comunicacionais da contemporaneidade é compreender o dinamismo das convergências midiáticas. Esse fenômeno sempre ocorreu no processo histórico evolutivo da sociedade, visto que o desenvolvimento tecnológico caminha de maneira concomitante com a evolução dos meios e na produção e difusão de informação. Todavia, nas duas últimas décadas, o senso de integração desses elementos e o fomento do conceito de mobilidade tornou essa evolução mais intensa e dinâmica, de modo desafiador para profissionais, pesquisadores e sociedade sob um viés coletivo.
Esse comportamento social fica mais evidente quando ocorrem eventos e atividades sociais de grande proporção de interação com a sociedade. No Brasil, esse olhar