Métodos Sismicos
CONTRIBUIÇÃO DA SISMOLOGIA DE TERREMOTOS AO ESTUDO DO
INTERIOR DA TERRA
1.1
SISMICIDADE TERRESTRE
A Figura 2.2.1 representa o mapa de distribuição de sismicidade no globo terrestre no
período 1964 – 1995. Sismicidade é sinônimo de vulcanismo e terremoto, que são manifestações geológicas interligadas. Análises sismológicas são feitas a partir do monitoramento dos tempos de chegada, decorrentes da propagação de ondas elásticas ou acústicas (sonoras) geradas por terremotos e, mais recentemente, geradas por explosões atômicas. A ruptura e a movimentação relativa da Litosfera, que ocorrem durante um terremoto, liberam grande quantidade de energia, gerando ondas sísmicas que se propagam a partir do epicentro do terremoto e são registradas por aparelhos denominados sismógrafos, em várias partes do globo terrestre (Figura 2.2.2).
Informações a respeito da estrutura e da composição do interior da Terra, por onde as ondas sísmicas viajam podem ser deduzidas dos dados registrados nestes sismógrafos. Isto somente é possível pelo fato de que o interior da Terra se comporta como um meio acamado heterogêneo, para um modelo que é ao mesmo tempo concêntrico e de grandes proporções
(Figura 2.2.2). Análises de milhares de terremotos durante muitas décadas possibilitaram construir curvas - tempo-distância das ondas sísmicas refletidas no interior da Terra. Modelos interpretativos integrados, geológicos – geofísicos, de grande escala foram então derivados e deduzidos a partir da sismologia de terremotos, permitindo o reconhecimento das subdivisões mais marcantes do interior da Terra (Figura 2.2.2).
1.2
1.2.1
TEORIA DA ELASTICIDADE
Definição de elasticidade
Elasticidade é a propriedade que uma substância apresenta ao resistir às mudanças de tamanho e forma; deformando-se, quando uma força externa lhe é aplicada e retornando a forma e ao tamanho inicial, quando a força externa é retirada. Muitas substâncias, incluindo as rochas, podem ser