Métodos parasitológicos de Blagg e Willis
A parasitologia é uma ciência que estuda os organismos (parasitos) que vivem no interior ou exterior de outro hospedeiro, extraindo deste seu alimento e abrigo, sendo que esta associação nem sempre é nociva ao hospedeiro. Na prática abrange o estudo de protozoários, helmintos e artrópodes, em cujos grupos situa-se a maioria de parasitos de importância médica e veterinária. O exame parasitológico de fezes permite que seja feita a detecção desses parasitos, pela presença de trofozoístos, cistos e oocistos de protozoários, ovos e larvas de helmintos, de maneira seletiva, rápida e eficaz. Desta forma, orienta a administração de medicamentos específicos e efetivos para cada tipo de parasito, evitando uma possível resistência causada por medicamentos de amplo espectro. Alguns parasitas observados no exame podem não causar doenças, mas devem ser relatados, pois indicam uma maior possibilidade de infecção futura por outros parasitas. Pela avaliação da amostra fecal, pode-se ainda, ter uma noção sobre a presença de gordura e alimentos não digeridos, refletindo o contato do paciente com alimentos, água e outros contaminados. O exame clínico é o primeiro passo para o diagnóstico, mas o laboratório é essencial nessa definição, estabelecendo a espécie de parasito presente no paciente. O exame macroscópico permite a verificação da consistência das fezes, do odor, da presença de elementos anormais, como muco ou sangue, e de vermes adultos ou partes deles. O exame microscópico permite a visualização dos ovos ou larvas de helmintos, cistos, trofozoítos ou oocistos de protozoários. Pode ser quantitativo ou qualitativo. Os métodos quantitativos são aqueles nos quais se faz a contagem dos ovos nas fezes, permitindo, assim, avaliar a intensidade do parasitismo. O mais conhecido é o de Stoll, mas, o mais empregado atualmente é o de Kato- Katz. Os métodos qualitativos são os mais utilizados, demonstrando a presença das formas parasitárias, sem, entretanto, quantificá-las.