Métodos construtivos
Após a realização de uma análise das estruturas do projeto do NovoMuseu, chegou-se à conclusão de que elas eram bastante similares a uma estrutura de ponte com pilares, balanços com vigas protendidas, entre outras semelhanças. Os escoramentos metálicos seriam fundamentais para o sucesso do plano executivo, tanto no que se refere ao dimensionamento estrutural, quanto à logística de atendimento, uma vez que seria necessária a mobilização de 700 toneladas de estruturas tubulares imediatamente, além da respectiva supervisão de montagem, pois não seria possível o reaproveitamento de equipamentos nas diversas fases
A laje de concreto, originalmente prevista para o fundo do espelho d’água, foi redimensionada, bem como o subleito, tendo em vista os esforços permitidos da estrutura. Foram ainda adotados perfis metálicos sob o escoramento das vigas principais longitudinais, de forma a redistribuir a carga transmitida das vigas transversais quando da sua protensão. Para montagem e desmontagem dos escoramentos, foram contratadas equipes especializadas equipadas com guindastes, para a obtenção de uma rápida montagem e desmontagem. A decisão de utilizar formas pré-fabricadas metálicas foi natural, devida à facilidade de manipulação, agilizando assim os trabalhos de carpintaria
O volume de concreto utilizado foi de 5.226 m3, sendo utilizados concretos de várias classes de resistência de projeto
. O primeiro desafio foi a execução dos dois blocos de fundação com volumes de cerca de 170 m3 cada. Um aspecto fundamental para o sucesso do planejamento era a execução da laje curva da cobertura, com 70 metros de vão em arco, que dispunha de apenas 40 dias de prazo. O arquiteto Oscar Niemeyer, devido a sua fidelidade ao concreto armado não aceitou sua substituição por estrutura metálica. Assim as vigas em arco foram executadas de forma convencional apoiadas sob o escoramento metálico instalados sobre a laje recém-concretada, ainda escorada.