método dialético
Para os filósofos gregos, dialética era a arte do diálogo. Para um dos filósofos mais influentes na carreira de Marx, Hegel, dialética é uma forma de pensar a realidade em constante mudança por meio de termos contrários que dão origem a um terceiro, que os concilia.
A dialética compõe-se, assim, de três termos:
tese; antítese e síntese. Tese (A) é uma afirmação; antítese (B), é uma afirmação contrária, e síntese (C), como o nome indica, é o resultado da síntese entre as duas primeiras. A síntese supera a tese e a antítese (portanto, é algo de natureza diferente), ao mesmo tempo em que conserva elementos das duas e conduz a discussão, nesse processo, a um grau mais elevado. E, na sequência, dá origem a uma nova tese, que inicia novamente o ciclo.
Pode parecer bobagem, mas é justamente assim que, em nosso cotidiano, usamos a dialética mesmo sem o saber, toda vez que conciliamos ideias opostas - em casa, no trabalho, na comunidade, etc. - em assuntos diversos. E é por isso que nos jornais que lemos costumamos encontrar ao menos dois pontos de vistas divergentes sobre um determinado tema, para que possamos fazer uma síntese do que de melhor cada um deles nos apresenta.
Marx, hoje Apesar da sociedade comunista não ter advindo, em parte porque os trabalhadores constituíram uma nova classe, a classe média, e vivem mais preocupados em conseguir um bom emprego, casa, carro e luxos da vida moderna, as teorias de Marx preservam muito de sua força.
No sentido de amenizar a situação da luta de classe surge o que Marx chama de “ideologia”. A ideologia “refere-se a um falseamento da realidade, que tem como objetivo fornecer uma explicação racional para as diferenças sociais, sem jamais atribuir tais diferenças à divisão da sociedade em classes” (SCHEEFFER, 2009, p. 44), bem como, “busca também o mascaramento dos conflitos sociais, veiculando a imagem de uma sociedade uma una e harmônica, ou mesmo, justificando as diferenças existentes”