Método Cientifico
No laboratório de uma universidade, um senhor senta-se diante do microscópio eletrônico. Com anos de prática, observa atentamente um fragmento de fígado retirado de um paciente, à procura de pequenos organismos responsáveis por uma infecção comum em nosso país. Suas pesquisas têm grande importância porque podem mudar as formas de prevenção da moléstia e até mesmo alterar a maneira como os responsáveis pela Saúde
Pública vêm lidando com a questão.
Ao mesmo tempo, no pantanal mato-grossense, lutando contra as cãibras, uma jovem ajeita-se como pode no interior de uma abafada barraca. Às voltas com nuvens de pernilongos e acotovelando-se com máquinas fotográficas e cadernos de anotações, ela estuda o comportamento de uma ave daquela região do Brasil, e permanecerá horas a fio naquela incómoda posição.
Nesse instante, ao redor da mesa do café, um grupo de pessoas conversa acaloradamente diante de uma pilha de papéis cheios de números. Há meses estão empenhadas em compreender como determinada doença hereditária é transmitida de pais para filhos, e estão muito perto de alcançar seu objetivo. Certo nervosismo toma conta dessas pessoas, pois sabem que outro grupo de pesquisadores também está próximo da solução do mesmo problema. Se conseguirem publicar seus resultados em alguma revista científica antes dos rivais, terão o reconhecimento da comunidade internacional de cientistas; caso contrário, seus esforços terão sido quase em vão. Descobertas científicas costumam dar méritos somente a quem chega em primeiro lugar!
Quando pensamos em um cientista, geralmente a imagem que nos vem é a de alguém com ar pensativo, vestindo um longo avental, em um laboratório cheio de frascos fumegantes e equipamentos eletrônicos.
Entretanto, todas as pessoas citadas anteriormente são cientistas. Embora as "ferramentas" que utilizem — máquinas fotográficas, microscópios, tabelas com números etc. — sejam diferentes, todas buscam solucionar questões e