Mémoria
Os mecanismos neurais da memória não são completamente conhecidos. Considera-se que as informações transitórias e duradouras são armazenadas em diversas áreas corticais, de acordo com a sua função: memórias motoras no córtex motor, memórias visuais no córtex visual e assim por diante.
Dessas regiões elas podem ser mobilizadas como memória operacional pelas áreas pré-frontais, em ligação com áreas do córtex parietal e occitotemporal. Além disso, as memórias explícitas (conscientes) podem ser consolidadas pelo hipocampo e áreas corticais adjacentes do lobo temporal medial, em conexão com núcleos do tálamo e do hipotálamo.
Finalmente, o processo de consolidação pode ser fortemente influenciado por sistemas moduladores, especialmente aqueles envolvidos com o processamento emocional, como o complexo amigdalóide (amidalóide) do lobo temporal.
Vários mecanismos celulares e moleculares foram propostos como bases biológicas da memória, entre eles, os mecanismos da plasticidade sináptica e outros fenômenos de modificação dinâmica da função e da forma do sistema nervoso, em resposta às alterações do ambiente.
Exemplos da transferência continuada de informação de memória de curta duração para a de longa duração são observados no fenômeno do “priming” (gravação). O “priming” é tipicamente demonstrado apresentando-se aos sujeitos submetidos a um experimento um conjunto de itens onde eles são expostos sob falsos pretextos. Por exemplo: uma lista de palavras pode ser fornecida com a instrução de que os sujeitos devem identificar alguma característica que seja na verdade estranha ao experimento (por exemplo, dizer se as palavras são verbos, adjetivos ou substantivos). Mais tarde – em geral no dia seguinte – os mesmos indivíduos recebem um teste diferente do anterior; pede-se a eles que preencham com letras que faltam e que vierem à cabeça.
A lista que funciona como teste na verdade inclui fragmentos de palavras que foram apresentadas no dia