Médico Veterinário
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
ANESTESIOLOGIA VETERINÁRIA
Prof. Ruth Helena Falesi Palha de Moraes Bittencourt ruth.bittencourt@ufra.edu.br MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA (MPA)
1- CONSIDERAÇÕES GERAIS
Medicação pré-anestésica é todo agente que é administrado antes da indução anestésica ou da anestesia propriamente dita com a finalidade de aumentar a segurança do ato anestésico, promover narcose, sedação, tranqüilização e que suprimam as reações indesejáveis causadas pelos anestésicos.
A medicação pré-anestésica deve diminuir a ansiedade sem produzir sonolência excessiva, facilitar uma indução suave, rápida sem prolongar o despertar, da mesma forma produzir amnésia durante o período préoperatório mantendo ao mesmo tempo a cooperação antes da perda da consciência, deve ainda, aliviar a dor pré e pós-cirúrgica quando presente e, minimizar os efeitos colaterais dos agentes anestésicos, principalmente a salivação, bradicardia e vômito pós-anestésico.
Pré-anestésicos adequados diminuem a taxa metabólica nos animais nervosos. A “irritabilidade reflexa” do
SNC que aparece quando se induz a anestesia geral parece estar relacionada com a taxa metabólica do animal, quanto mais alta ela for, tanto maior a dose de anestésico necessária.
Os grupos farmacológicos usados com esse fim são: os anticolinérgicos, os tranqüilizantes, os ansiolíticos ou benzodiazepínicos, os hipnoanalgésicos, os hipnóticos e os relaxantes musculares. Os agentes com suas respectivas doses devem ser selecionados conforme condições clínicas do paciente, pois quanto mais gravemente enfermo, idoso, jovem ou menos robusto e ativo o paciente, mais acentuado são os efeitos exercidos pelos sedativos, tranqüilizantes e analgésicos.
A necessidade de garantir uma recuperação rápida e completa da anestesia pode ser a principal restrição à pré-medicação e o motivo do amplo uso de anestésicos gerais que são mais rapidamente eliminados. Para cirurgias maiores e