Mãos talentosas
Porém, o sucesso experimentado pelo doutor Benjamin tem raízes mais profundas e lastreado ainda na sua infância. Na verdade, o pequeno Ben, no início da sua vida escolar, estava longe de ser um aluno exemplar ou mesmo mediano, ainda que para os padrões da época nos Estados Unidos da América, década de sessenta.
Quase analfabeto, com problema na visão e “profundo desconhecedor” de rudimentos matemáticos, Ben sofreu as agruras das salas de aula americanas, que ainda vivia sob a égide da discriminação racial e indiferença quanto à pobreza dessas pessoas.
Mesmo diante de tamanhos reveses, os quais certamente seriam suficientes para determinar o fracasso de vida da maioria dos habitantes desse planeta, Ben foi exceção e conseguiu vencer e aparecer diante dos seus, agora, pares. Resta-nos a indagação: qual o segredo desse menino?
Na verdade, além do esforço descomunal realizado por sua mãe, responsável em princípio por infundir na mente dos seus filhos a chama da igualdade dos seres humanos, a importância da leitura, o bom aproveitamento do tempo e necessidade de vencer, o nosso protagonista era curioso e persistente, muito embora tenha sofrido com as inúmeras dúvidas que fustigam todos nós seres humanos em momentos críticos.
O hábito da leitura, em princípio por imposição da mãe, tornou-se rotina na vida do pequeno Ben, que dia após dia, alimentava o seu corpo e alma com o conhecimento adquirido através dos livros, seu meio social e até mesmo da TV, tecnologia até então