Má oclusao
Um dos motivos que mais levam as pessoas a procurarem tratamentos ortodônticos está relacionado à oclusão – maneira com que os dentes da arcada superior e os dentes da arcada inferior se relacionam tanto em repouso (aspecto estático), quanto durante a função de mastigação ou fala (aspecto dinâmico). Quando não há uma harmonia entre as arcadas, chama-se de má oclusão. Pode existir em todas as fases da vida do paciente e tem várias causas.
Uma delas é a genética, de acordo com Moresca. “Às vezes herdamos de um dos pais o tamanho dos ossos e do outro o tamanho dos dentes. Ou seja, às vezes temos ossos muito pequenos e dentes muito grandes. Aí surgem apinhamentos e faltas de espaço.”
Outro fator que é um desastre para a mordida é a perda de dentes, normalmente por cáries ou problemas gengivais. O que costuma acontecer é o paciente perder ou extrair um ou mais dentes e não providenciar uma reposição de imediato. “Nesse caso os dentes remanescentes começam a mudar de posição, não ficam parados como se nada estivesse acontecendo. Com essa movimentação, a mordida do paciente se altera e tem-se uma distribuição incorreta das forças, colocando em risco a própria integridade dos demais dentes e da articulação da mandíbula”, afirma Moresca. Por isso, é muito importante preservar ao máximo a saúde dos dentes, a começar por uma correta higiene e consultas frequentes ao dentista, desde os primeiros anos de vida. Evite extrações desnecessárias. “Acontece muito dos pacientes sugerirem que um determinado dente seja extraído, porque o tratamento é mais barato. Mas a consequência ao longo da vida vai ser muito pior. O tratamento restaurador às vezes é mais caro. Vale mais a pena investir na preservação do que depois ter de tratar com aparelhos ou fazer implantes. Desfazer o problema depois fica muito mais complicado.”
Fase da vida
A maior parte dos problemas de má oclusão deve ser tratada durante a dentição permanente (adulto). A primeira dentição (de leite) é mais