Muçulmanos na época Medieval
Campanini.
Atividade avaliativa apresentada sob a disciplina de História Medieval sob a supervisão da Prof. Raquel
Parmegiani para a obtenção de crédito. Maceió
2014
O pensamento político teorético e prático islâmico têm sua fundamentação no
Corão, livro sagrado, e na Sunna as tradições e práticas do profeta Muhammad.
Entretanto essa fundamentação não parte de uma influência direta e literal de passagens de ambas as escrituras, mas de trechos que relatam a necessidade de um reino e governo justo e do senso de comunidade e pertencimento desse reino.
Entretanto essa constituição de um poder régio passa o tempo todo por uma legitimação que parte do poder e da fundamentação religiosa, tanto que essa legitimação do poder baseada no cumprimento da estrutura religiosa e sua consequente aplicação é a sustentação desse poder.
O indivíduo passa a um plano secundário dentro dessas estruturas, mas sempre em função da autoridade religiosa, onde conceitos como liberdade são interpretados como a liberdade em obedecer a lei corânica e do governo se corretamente aplicada e a propriedade também sendo divina, delegada aos soberanos sua administração a fim do bem estar do povo.
O pensamento político islâmico, que por muitas vezes é desempenhado por
“estadistas”, teólogos ou filósofos sendo esse último ainda mais posterior, se desenvolve no sentido de legitimar ou esforçar-se em delimitar a justiça ou não dos governantes e governos presentes. E essa conjuntura advém das disputas de poder após a morte de Muhammad que não deixa claramente seu sucessor, entretanto em um primeiro momento essa problemática é resolvida no exercício de um poder régio na figura dos primeiros califas, que tem como característica o pleno exercício desse poder. Um dos princípios dessa gestão encontrados no corão é o mandamento dos islões em formarem uma Umma, comunidade, no sentido de um espaço
supranacional,