MUSICOTERAPIA
INTRODUÇÃO: A musicoterapia é uma prática complementar que utiliza a ludicidade a fim de auxiliar diversos tipos de tratamentos no âmbito hospitalar. É uma terapia expressiva, predominantemente não-verbal, onde o musicoterapêuta usa a música, os sons, os instrumentos musicais e outros componentes sonoros-musicais com o intuito de melhorar a qualidade de vida das pessoas que buscam ajuda para tratar ou prevenir alguma enfermidade. Está inserida na Política Estadual de Práticas
Integrativas e Complementares (PIC) do Rio Grande do Norte, aprovada pela portaria nº 274, de 27 de junho de 2011, no conjunto de Vivências Lúdicas
Integrativas. De acordo com a Portaria, a musicoterapia pode ser considerada uma abordagem metodológica que propicia diferentes modos de sentir o fluir das emoções de alegria em contextos socioculturais específicos do adoecimento humano, buscando corporalizar o princípio de integralidade de vida. Segundo
REJANE (1996), a musicoterapia é a utilização da música e/ou de seus elementos
com a finalidade de facilitar e/ou ampliar o tratamento do paciente, alcançando as necessidades físicas, emocionais, mentais sociais e cognitivas. Sabe-se que a ansiedade, o medo ou até mesmo uma experiência ruim já vivida pelo paciente dificulta todo o processo de recuperação. O sofrimento psicológico influencia diretamente no funcionamento corporal. Sendo assim, o estado emocional deve ser levado em consideração por também integrar os mecanismos que envolvem a recuperação/reabilitação do paciente. BERGOLD e TITONELLI (2009) explicam que a importância da música para o ser humano reside no fato de ela ser inerente à própria constituição humana, havendo registros muito antigos de sua presença em praticamente todas as culturas, inclusive as mais primitivas. Desde a Antiguidade, a música é utilizada como um recurso terapêutico de acordo com o conhecimento de sua influência no homem e a evolução das concepções de cada época sobre o que é saúde,