musico
Introdução
O volume de água subterrânea corresponde a 22% do volume de águas continentais, contra 0,3% correspondentes a rios e lagos de água doce. Descontando-se as calotas polares e geleiras, 96,5% das águas continentais aproveitáveis ocorrem como água subterrânea e apenas 1,3% como água doce de superfície. Esta simples comparação já seria suficiente para justificar a exploração preferencial da água subterrânea. A ela somam-se a qualidade quase sempre superior e, conseqüentemente, a menor necessidade de tratamento (muitas vezes, pode-se dispensar qualquer tratamento da água subterrânea), além do menor risco de contaminação acidental e da maior facilidade e menor custo da captação em comparação com a utilização de água dos rios – a captação de água muitas vezes pode ser localizada a menores distâncias do local de utilização e não há necessidade de construção de barragens; com isto faz-se economia na implantação das obras e na operação e manutenção, pela eliminação das instalações de tratamento e de longas adutoras.
Grandes cidades brasileiras já são abastecidas, totais ou parcialmente, por água subterrânea. No
Estado de São Paulo estima-se que 75% das cidades são abastecidas por poços. Ribeirão Preto é um bom exemplo de uma grande cidade onde a água subterrânea tem sido bem gerenciada, garantindo o abastecimento de quase toda a população com uma água de ótima qualidade. Nos
Estados do Paraná e Rio Grande do Sul, 90% das cidades são abastecidas por águas subterrâneas.Obviamente que a água subterrânea, apesar de muito importante, não é suficiente para abastecer grandes centros populacionais, situados em áreas de aqüíferos pobres, como é o caso do
Rio de Janeiro. No entanto, é um complemento importante à água superficial. Poucos sabem, mas, mesmo na cidade do Rio de Janeiro, há muitas indústrias que só usam água subterrânea.
Nas duas últimas décadas houve um grande crescimento do uso deste recurso no Brasil, mas estamos longe