Museu de arte sacra
Situado na ala esquerda térrea do Mosteiro da Luz, na avenida Tiradentes, centro de São Paulo, o Museu de Arte Sacra é inaugurado em 1970, com base em convênio firmado entre a Mitra Arquidiocesana de São Paulo e o governo do Estado. O convênio tem como objetivo assegurar uma sede para o antigo Museu da Cúria - com a coleção de imagens sacras, numismática, prataria religiosa, jóias, altares, livros litúrgicos raros, mobiliário, pinturas etc. -, criado pelo arcebispo dom Duarte Leopoldo e Silva, em 1907. O acervo do Museu de Arte Sacra de São Paulo revela a imaginária brasileira, sobretudo paulista, dos séculos XVI, XVII e XVIII com base na produção que contrasta com a arte religiosa barroca e rococó predominante nas províncias de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro pelo seu despojamento estilístico.
Peças destinadas às velhas igrejas da cidade de São Paulo e arredores compõem a maior parte do acervo do museu, entre eles destacam-se frei Agostinho da Piedade (1580 - 1661), frei Agostinho de Jesus (1610 - 1661), Aleijadinho (1730 - 1814) e Mestre Valentim (1745 - 1813). De forte inclinação didática, a disposição das obras no acervo acompanha a história da Igreja na região, diretamente ligada à evolução da cidade. Já na entrada, o visitante é apresentado a São Paulo no século XVIII às primeiras igrejas paulistanas e à criação do convento.
O museu também abriga outras duas coleções especiais. O Museu dos Presépios, com 120 exemplares de várias épocas e procedências, destacando-se o Presépio Napolitano, formado por 1.620 peças do século XVIII. É um dos três mais importantes conjuntos desse tipo no mundo. Também há a Coleção de Numismática, com 9.000 peças do período colonial, entre