mundo dos jornalistas

RESUMO CAPITULO 1 DO LIVRO
“Mundo dos Jornalistas”
Izabel Travancas 4ª Ed./2011

OS HABITANTES DAS REDAÇÕES.
De uma forma simples, em apenas um capitulo é possível formar em mente uma identidade particular para o que é ser um jornalista. Esta identidade profissional, em constante conflito com as outras identidades sociais, como a familiar e a amorosa, parece ser fator chave para a compreensão da profissão.
Semelhante a outras ocupações, como a medicina, em que se espera uma entrega total da pessoa em relação a sua profissão, a dedicação e o envolvimento do jornalista com o trabalho extrapolam o âmbito profissional, tornando-se, muitas vezes, uma relação passional; diz-se que não se escolhe o jornalismo, mas se é escolhido por ele. Mostra-se que a adesão à profissão é tamanha, que outros setores da vida pessoal, como o afetivo, ficam sempre sujeitos à escolha primeira, que é ser jornalista.
É a partir dessa visão particular de mundo que se começa a delimitar a identidade do jornalista. O jornalismo hoje é como uma indústria de notícias, e como tal, típica da sociedade capitalista.
A noticia é como se fosse à essência do jornalista, afinal é atrás dela que ele corre todos os dias, há várias definições de notícia, mas todas concordam em um ponto: é um evento de interesse para alguém. A imprensa precisa escolher as notícias a serem divulgadas, e nisso percebe-se o papel de influenciadora da opinião pública, selecionando o que vai ser publicado e o que vai ser ignorado. Outro fator de distinção da profissão é o tempo. Essencial no jornalismo, o tempo molda a concepção de vida do jornalista. Correndo atrás de matéria, correndo para fechar o texto antes do deadline, correndo para dar um furo; sempre correndo. Podendo ser chamado a qualquer hora na redação, mesmo de madrugada, fazendo da sua casa a redação, a percepção particular de tempo (ou a falta dele) que os jornalistas dispõem, só reforça a distinção do grupo com relação às demais