Mulheres Seringueiras: empates e artesanatos.
Por: Adalgisa Bandeira de Araujo
Pedagogia (Ufac) e Mestre em Turismo (UnB)
E-mail: adal.araujo@gmail.com
O projeto Florestur da Secretaria de Estado de Esporte, Turismo e Lazer (SETUL) hoje traz pra você a história das mulheres do seringal, as mulheres seringueiras, sua participação nos movimentos sociais das décadas de 1970 e 1980, os chamados “empates” divulgando essa parte da história que fica encoberto nos relatos orais dos homens transformando-se em histórias de participação somente masculina quando na verdade em todos os momentos da história dos empates as mulheres estiveram presentes desde a mobilização, com um trabalho de convidar, intimar, conscientizar os moradores indo de casa em casa dos companheiros extrativistas para garantir a presença deles nas reuniões preparatórias de empatar que as árvores, principalmente as castanheiras e seringueiras fossem derrubadas.
As informações sobre esse tema foi tirada da dissertação de mestrado intitulada: O Acre e a Rota Turística Internacional Amazônia Andes Pacífico: sustentabilidade e dinamicidade cultural, do ano de 2009, do Curso de Mestrado em Turismo da Universidade de Brasília da mestra Adalgisa Bandeira de Araujo. Em suas pesquisas a pesquisadora comprova por meio de depoimentos atuais que houve participação das mulheres nos empates e essa história precisa ser divulgada pra não acontecer o que aconteceu com a história da Revolução Acreana que quase não existe relatos sobre a participação das mulheres nesse evento. O única referência de participação feminina na Revolução Acreana por historiadores brasileiros não passa de três linhas de registro. Diferentemente dos registros dos historiadores bolivianos que enaltecem a participação das mulheres, e até, tem como heroína uma das combatentes que pega em armas e defende sua tropa. Seus feitos tem registros na história sobre a “Campaña Del Acre” e são homenageadas bustos e monumentos nas praças públicas da